Para quem não sabe, participo da atividade da Campanha do Quilo na instituição espírita a qual frequento. E durante a campanha surgiu um caso bastante comum: auxílio a uma pessoa que reclamava a perda de um ente querido. Como o tema é de alcance geral, achamos por bem comentá-lo aqui.
A doutrina espírita nos diz que corpo e espírito são distintos. Corpo é passageiro, espírito é eterno. Corpo cede à morte. Espírito possui o dom da imortalidade.
O corpo físico nada mais é do que um "escafandro", como o ilustrado na figura ao lado. Da mesma forma que o escafandro serve para o mergulhador adentrar em águas profundas, o corpo serve ao espírito para adentrar à experiência material. Observe o peso do ferro e do chumbo e a grosseria do instrumento. Assim é nosso corpo. Durante nossa experiência encarnatória o corpo é um entrave para o espírito, sendo-lhe ferramenta valorosa, mas ainda assim grosseira e limitada.
A morte é um instante antes de mais nada de libertação. Podemos sim nos entristecer pela perda de um ente querido. É natural ter aquela saudade gostosa de quem amamos e de quem nos amou. Mas tenhamos em mente que morte é a libertação do escafandro. Prisão é egoísmo, libertação é amor. Uma outra analogia comum é a do pássaro na gaiola.
A figura acima ilustra o momento da morte. O pássaro é o espírito e a gaiola o corpo. O espírito liberto voa com todo sem esplendor em direção à luz. Belíssima a ilustração. Quando pensarmos nos nosso entes queridos lembremos que eles estão libertos da matéria, em um lugar melhor. Eles com saudades de nós e nós com saudades deles. E tenhamos a certeza que após inúmeras lembranças saudosas, ao chegar nosso momento de escapar da gaiola, ocorrerá o reencontro tão esperado e inevitável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário