Um dos desafios que a Doutrina Espírita nos propõe é a mudança de nós mesmo, a tão conhecida reforma íntima. Para alcançar este desiderato temos que antes de mais nada poder observar a nós mesmos, em nosso íntimo. Adianto que não é uma tarefa simples.
Tudo se baseia em nosso relacionamento com o próximo, em nossos diálogos, em momentos de lazer e de descontração. Temos que observar como estamos lidando com nosso próximo. Acredito que a pergunta essencial seja: como posso tratar o meu próximo com mais amor? Isso vale para nossos cônjuges, familiares, bem como aquele próximo não tão próximo, que se encontra numa favela, numa comunidade carente, num semáforo, etc... É nesse contato fraternos que estabelecemos laços, que podem se apertar ou se afrouxar conforme a qualidade do relacionamento. Esta qualidade depende diretamente da nossa conduta. Alguns motivos de problemas: achar que nunca está errado, que está sempre sendo vítima, que o outro não nos dá atenção, etc... Só que amar, como já escrevemos em outro artigo, é doação. É a saída do amor eros para o amor ágape.
E nesse processo de amadurecimento de nós mesmos vamos percebendo que é mais proveitosos doarmos do que cobrarmos. É mais proveitosos aceitar o próximo do jeito que ele é do que querer mudar tudo com uso da autoridade ou da força verbal. E aí, ao perceber isso, notamos que estamos nos modificando para melhor e alcançando a nossa melhoria íntima. Começamos a perceber o outro de uma maneira diferente, só que nós também estamos ficando diferentes para melhor. Pensemos sempre em nossa relação com o próximo como alavanca para nossa própria melhoria.
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