A questão da certeza e da verdade são muito delicadas. Lembremos que quando Jesus foi interrogado sobre a verdade, silenciou. Trago estas reflexões à tona pois invariavelmente acreditamos que nossa postura é sempre a mais correta. Acreditamos em nossos valores, em nossas crenças e em nossas interpretações sobre o mundo. Mais delicada se mostra a situação com relação à interpretação das verdades que a Doutrina Espírita nos propõe. Não podemos achar que somos auto-suficientes ou infalíveis, em hipótese alguma. Por mais que tenhamos certeza dos valores que estamos defendendo e da certeza das nossas interpretações temos que fazer perguntas como: Será que devo agir neste momento? Como devo agir? Silenciar? Falar? Será que poderia ter agido melhor? Será que o que falei é útil para esta pessoa, neste momento, e da forma que foi falado? Ufa!!! Quantas perguntas!! Acrescentamos aqui ainda as três peneiras de Sócrates: aquilo que formos falar deve ser verdadeiro, bom e útil.
Em minha experiência particular, eventualmente descubro que poderia ter feito algo de forma diferente. Claro que a percepção disso só chega com as reflexões posteriores, pois ainda somos imperfeitos. Mas já fica de aprendizado para as próximas vezes. É com essas reflexões que vamos aprendendo a conhecer a nós mesmos, como nos pede o mestre dos mestres.
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